lunedì 23 aprile 2018

Refletindo sobre a Teoria das Janelas Quebradas!




A Teoria das Janelas Quebradas ou "broken windows theory", foi desenvolvida em 1982, na escola de Chicago pelo cientista político James Q. Wilson e o psicólogo criminologista George Kelling.
Explica que se uma janela de um edifício for quebrada e não for reparada, a tendência é que vândalos passem a arremessar pedras nas outras janelas e posteriormente ocupem o edifício e possam destruí-lo. O que significa que um comportamento anti-social pode dar origem a vários delitos. A desordem gera desordem.

No final da década de 60, psicólogos americanos resolveram dar início a uma curiosa experiência. Deixaram dois automóveis em dois barros distintos: Bronx, zona pobre e conflituosa de Nova Iorque, e Palo Alto, na Califórnia, que vivia uma situação oposta.
Os carros eram do mesmo modelo, cor e estavam em semelhante estado de conservação. O resultado não poderia ser diferente. O carro que estava na periferia foi rapidamente depredado, roubado e as peças que não serviam para venda foram destruídas. O carro que estava na área nobre da cidade permaneceu intacto. Mas isso já era previsto pois era fácil concluir que a pobreza e a marginalização eram os “culpados” pelo crime.

O vidro quebrado do carro abandonado transmitia uma ideia de deterioração, de desinteresse e indiferença, que criou um sentimento de impunidade, uma ausência de leis, normas e regras. O vidro quebrado criava uma sensação de que “tudo pode”. Nesta situação, cada ataque que o carro sofria, reafirmava e multiplicava essa ideia, até que o vandalismo se tornava incontrolável.

Mas a experiência não tinha sido concluida ainda. O que eles queriam mesmo comprovar era um outro fenômeno. Sendo assim, prosseguiram quebrando as janelas do carro que estava abandonado no bairro rico e o resultado foi o mesmo que aconteceu na periferia: tendo bastado uma simples janela quebrada para dar início ao vandalismo completo.
A conclusão do experimento é que um ambiente mal cuidado, sujo e depredado é um motivador para o vandalismo e para a violência e que o problema da criminalidade não estava na pobreza e sim no desenvolvimento das relações sociais e na natureza humana.

A teoria sublinha o fato de que somos influenciados pelo ambiente ao nosso redor ao optarmos por realizar ou não atos de vandalismo, depredação, desordem e violência. Aponta a desordem como um fator de elevação dos índices da criminalidade, e indica que os danos ambientais geram uma sensação de que a lei não existe. Por isso, em uma situação onde não há regras, é mais provável que ocorram vandalismos.

Isso pode acontecer com as organizações que são muito flexíveis; essa flexibilidade pode ser confundida com desinteresse. Se em uma comunidade ninguém repara o vidro quebrado de uma janela de um edifício, os outros vidros também serão quebrados. Se membros de uma comunidade mostram sinais de deterioração e ninguém se preocupa com eles, possivelmente o resultado poderá ser a delinquência.
Da mesma forma, concluem os defensores da teoria, quando são cometidas "pequenas faltas" . estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade, passar com o sinal vermelho - e as mesmas não são sancionadas, logo começam a surgir faltas maiores e os delitos cada vez mais graves.

Desordem gera desordem
A teoria parece interessante e bastante convincente. Pois, de fato, a desordem gera desordem.
O estudo dessa teoria pode ajudar a se pensar em melhorias e a entender que mudanças simples podem transformar o contexto não só da sua vida mas do seu ambiente, da sua cidade e até do nosso país. Basta pensar em uma pia limpa sem pratos sujos. Se você acabou de beber seu café, vendo a pia limpa, a tendência é lavar sua xícara. Mas se a pia estiver cheia de pratos sujos, você é naturalmente levado a colocar mais uma xicrinha suja.
Qual a sua responsabilidade na desordem da qual você se queixa?”. Em qualquer situação, sempre existe uma parte pela qual você pode se responsabilizar ou se comprometer. E mesmo que essa parte seja pequena, ela pode influenciar positivamente na resolução.

O experimento norte-americano incentivou as autoridades a tomar medidas mais severas em relação a pequenos delitos, como depredações e pichações nas ruas, uma medida conhecida como “Tolerância Zero”. Concomitantemente, o executivo começou a investir mais na restauração visual dos lugares mais afetados pela violência, e a medida se provou efetiva, causando diminuição nos índices de criminalidade nos Estados Unidos.

A Teoria das Janelas Quebradas estabeleceu a primeira relação de causalidade entre desordem e criminalidade, ou seja, que pequenos delitos ou contravenções conduzem, inevitavelmente, a condutas criminosas mais graves. Ela foi aplicada em vários contextos americanos. O metrô de Nova York, nos anos 80, era o lugar mais perigoso da cidade. Tomando como referência a teoria das janelas quebradas, começaram a reparar os danos das estações do metrô: a sujeira foi removida, as pichações foram apagadas, todos pagavam as passagens e pequenos furtos foram monitorados. O resultado foi que o metrô se transformou em um lugar seguro.

Em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Quebradas e na experiência do metrô, deu impulso a uma política mais abrangente de "tolerância zero". A estratégia consistiu em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à lei e às normas de civilidade e convivência urbana. O resultado na prática foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.

Filosofia dos 5S
Já foi provado que a qualidade do ambiente em que vivemos tem grande influência sobre nossos comportamentos e atitudes. A maior evidência disso talvez seja a filosofia japonesa dos 5S, que defende a prática de cinco sensos – Utilização (Seiri), Disciplina (Shitsuke), Higiene (Seiketsu), Organização (Seiton) e Limpeza (Seiso) – para a construção de um ambiente saudável, que favorece um clima organizacional marcado pela produtividade, segurança, motivação e competitividade.

Tolerância zero igual a repressão?
“A expressão "tolerância zero", a priori, pode soar como uma espécie de solução autoritária e repressiva. Se for aplicada de modo unilateral, pode facilmente ser usada como instrumento opressor pela autoridade fascista de plantão, tal como um ditador ou uma força policial dura. Mas seus defensores afirmam que o seu conceito principal é muito mais a prevenção e a promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinquente, mas sim de impedir a eclosão de processos criminais incontroláveis. O método preconiza claramente que aos abusos de autoridade da polícia e dos governantes também deve-se aplicar a tolerância zero. Ela não pode, em absoluto, restringir-se à massa popular. Não se trata, é preciso frisar, de tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito. Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.
A tolerância zero e sua base filosófica, a Teoria das Janelas Quebradas, colocou Nova York na lista das metrópoles mundiais mais seguras. Talvez elas possam, também, não apenas explicar o que acontece aqui no Brasil em matéria de corrupção, impunidade, amoralidade, criminalidade, vandalismo, etc., mas tornarem-se instrumento para a criação de uma sociedade melhor e mais segura para todos. (Luis Pellegrini)

venerdì 13 aprile 2018

Mente e cérebro são a nova fronteira da ciência.




Pouco mais de quinze anos atrás, se concluia, com sucesso, o Projeto Genoma Humano, o empreendimento ambicioso exercido por milhares de cientistas em todo o mundo, para mapear o nosso genoma, o DNA e, assim, procurar lançar luz sobre o chamado "código fonte" dos seres humanos. Um feito incrível que poderá no futuro ser superado por projetos internacionais ainda mais ambiciosos: o Human Brain Project (HBP), e o projeto BRAIN (Brain Research through Advancing Innovative Neurotechnologies), cujo objetivo é ser capaz de simular o cérebro humano para desvendar os segredos da coisa mais complexa que conhecemos no universo: a nossa mente.

A iniciativa começou em 2013 pelo governo Obama, graças ao eugenista John Holdren, diretor do White House Office of Science and Technology Policy.
Os projetos BRIAN e HBP pretendem compreender toda a dinâmica do funcionamento do cérebro através de várias técnicas, incluindo o uso de experimentação animal em primatas. A opinião pública é favorável, com esperança de tratamentos futuros para transtornos mentais, como a esquizofrenia, depressão, doença de Alzheimer, tetraplegia, Parkinson e outros.

O projeto BRAIN
O projeto BRIAN poderá produzir um grande salto adiante, na compreensão do funcionamento do cérebro humano, permitindo ver de perto, a partir do interior, como o indivíduo percebe o mundo exterior e aquele outro mundo, o lugar onde se dá a confluência dos bilhões e bilhões de informações que vêm dos bilhões e bilhões de células do corpo humano. Essa última parte é cerca de 98% de toda a atividade cerebral. O BRAIN tem como objetivo saber de onde e como nascem os pensamentos, sensações, sentimentos e memórias. Até onde se espande a consciência, onde faz fronteira com o inconsciente. Em suma, o que é a consciência e onde se encontra.

Já existem dezenas de laboratórios, nos Estados Unidos e em outros lugares, que estão se empenhando para estudar a conexão entre inteligência humana e inteligência artificial. Ou seja, a transferência de capacidades humanas - tais como a visão, a compreensão de linguagens, as mesmas tomadas de decisões que caracterizam o cérebro humano - em "máquinas de computação" e vice-versa, o que significa, literalmente, transferir no cérebro humano algumas capacidades não-humanas para processamento de quantidades infinitas de dados e, também, transferir pelo menos em parte, velocidades sobre-humanas de realização de tais elaborações. E a idéia de estabelecer uma conexão entre duas inteliências que são qualitativamente diferentes, incomparáveis, mas que têm elementos básicos comuns de funcionamento.

John Holdren é também um dos co-autores do texto Ecoscience: Population, Resources, Environment, onde é discutido o possível papel de uma ampla gama de meios para lidar com a superpopulação. Entre estes, se incluem a esterilização forçada, aborto obrigatório, a contracepção no fornecimento de alimentos e água, licenças reprodutivas... Holdren prevê uma sociedade onde todas as meninas, assim que alcançam a puberdade, o governo deve implantar uma cápsula para a esterilização de longo prazo. Esta cápsula poderia ser temporariamente removida após obter permissão oficial para engravidar. Alternativamente, Holdren pretende uma sociedade que esterilize todas as mulheres que já tiveram dois filhos. Essa abordagem não é diferente da que está sendo discutida pela comunidade científica e nos círculos governamentais no Reino Unido.

Human Brain Project - Projeto Cérebro Humano (HBP)
A União Europeia também tem seu próprio projeto chamado NERRI. Mas, além de projeto NERRI, em 2013 se iniciou o projeto HBP (Human Brain Project), através da Comissão Europeia com investimento de mil milhões de euros em dez anos, para esse único projeto faraônico, com os mesmos objetivos do projeto BRAIN - governo da mente - envolvendo 113 parceiros entre universidades e empresas.
O site oficial, no entanto, adverte textualmente contra o uso dos resultados desses estudos, predispostos para "implementar novos sistemas de vigilância em massa e novos armamentos".

Em Berkeley, Jack Galland já conseguiu conectar computadores e cérebros para reconstruir um vídeo de baixa resolução sobre o que a "mente" está observando.
E como o córtex visual é ativado mesmo quando simplesmente imaginamos algo, no futuro próximo pode ser possível ver o que alguém está pensando.

Com a EEG, eletroencefalografia, a telepatia já está na agenda. No livro "O Futuro da Mente", o físico teórico Micho Kaku afirma que os cientistas já desenvolveram um verdadeiro dicionário dos pensamentos mentais. A IBM, no relatório Next 5 in 5 forecast, promete que em breve poderemos nos comunicar com nossos computadores, exclusivamente através do pensamento: chega de usar mouses, teclados ou comandos de voz.
Escrever com o pensamento já é possível: existem exemplos de tetraplégicos que navegam na web. E essas novas possibilidades poderiam, talvez em breve, dar lugar a novas técnicas de interrogatório, tanto para policiais como para magistrados.

La NeuroSky, localizada na Silicon Valley, já é líder na elaboração de ondas cerebrais e sua software house já conta com mais de dois mil programadores. Em parceria com a ARM, líder em semicondutores, criou uma solução de monitoramento cardiovascular e neurológico para pacientes com problemas crônicos, que permite aos médicos o acesso à informações vitais, através de smartphones.

O Brainet
Miguel Nicolesis, protagonista na arena internacional do campo dos estudos neurológicos, está convencido do fato de que em breve usaremos réplicas controladas pela mente, verdadeiros avatares como no filme homônimo, para enfrentar desafios como a colonização do espaço. É seu um estudo recente em que três macacos, ligados "mentalmente", teriam que comandar um cursor, movendo-o com o pensamento em direção a um objetivo. A cada primata foi atribuído um eixo específico nas três dimensões.

Esse tipo de conexão múltipla, entre vários "dispositivos cerebrais", de acordo Nicolesis, representa o primeiro passo para BraiNet, um sistema pelo qual as pessoas viajarão na internet com a mente e irão compartilhar seus pensamentos.

Na Copa de 2014 no Brasil, Nicolesis fez um garoto paraplégico dar o chute inícial. O menino obteve de seu exoesqueleto uma "sensação real" de contato com o solo. Em um outro experimento, um macaco conseguiu mover um braço robótico a quilômetros de distância. Seus primatas também conseguiram distinguir superfícies lisas de superfícies ásperas - através do que é chamado de interface háptica.

Enquanto isso, Easton LaChappelle que há 20 anos de idade, já revoluciona a robótica, com a invenção das primeiras próteses neurobionicas, com licença Creative Commons, por US $ 500. Inspirando-se à pesquisa e resultados deste tipo, os irmãos Wachowski, criadores de Matrix, em sua nova série de TV Sense8, descreveram um mundo onde os protagonistas colaboram através de uma espécie de destino que os une em seus pensamentos, mas também através de todos os tipos de sensações, desde o visual ao tátil e, naturalmente, o emotivo.

Il potenziamente neurocognitivo
Os savant são pessoas que nascem com habilidades mentais especiais, intensificadas em detrimento de outras. O exemplo mais famoso do mundo é, sem dúvida, Kim Peek, que Dustin Hoffman levou para as telas, no filme Rain Man. Peek tinha a capacidade de ler duas páginas dos livros simultaneamente, usando um olho para a página esquerda e o outro olho para a direita e, em seguida, recitar todo o texto, de memória. Dizem que timha mais de 10 mil livros em sua biblioteca mental. Por outro lado, ele não sabia amarrar seus sapatos.

Graças à TMS, a estimulação magnética transcraniana, os cientistas são capazes de reproduzir parte desse processo único, inibindo áreas selecionadas do cérebro. Se hipotiza que no futuro, torna-se-á possível ter memórias fotográficas ou habilidades matemáticas surpreendentes, em harmonia com o desenvolvimento de novas ciências, como a genética e a bioinformática. Além disso, também para o aprimoramento neurocognitivo. Quem viver, verá!




venerdì 6 aprile 2018

A Origem do Pensamento – De onde ele Vem?


A mente não é nós: todos os nossos pensamentos vêm de uma mente muito maior que a nossa, a mente universal. Sri Aurobindo

A teoria de uma consciência única se harmoniza grandemente com a descoberta científica de que a matéria básica do universo é única, e que os diferentes corpos nada são senão conjuntos diferentes de partículas absolutamente idênticas entre si - física quântica.

E se fosse o pensamento a agir sobre o cérebro e não o contrário?
Nos acostumamos a pensar em nossas memórias como arquivos armazenados em algum lugar do nosso cérebro. Mas quando lembramos de alguma coisa, estamos pensando em algo que é explicitamente do passado. As sinapses, as ligações que nossos neurônios fazem e que, de acordo com a neurociência, formariam nossos pensamentos, são estruturas físicas e só possuem seu estado presente. Elas não podem ter um senso de passado, como nós temos, ou seja, o passado não existe em uma forma física em nosso cérebro, apenas em nossa consciência, que não seria física.
É impossível explicar aparências usando uma abordagem objetiva. Enquanto o cérebro for visto apenas como um órgão com massa determinada e estímulos e a consciência for buscada na forma de sinapses e ligações, se acredita que buscar a consciência no cérebro é uma missão impossível. (New Scientist)
O "pensamento" poderia ser algo que não se origina no indivíduo, mas sim algo que existe independentemente dele. Diferentes correntes filosóficas e místicas na história, sustentam que existe apenas uma consciência universal e que a individualização dessa consciência não poderia ser outra coisa senão uma espécie de "ilusão" percebida por nós. No entanto, a ciência atual, baseada na crença de que a consciência seja um produto cerebral, não contempla essa hipótese.

Uma consciência universal pode fragmentar-se e individualizar-se, adaptando-se em todos os aspectos ao ambiente (individuo) que deverá lhe acolher.
A teoria da consciência única, também pode ser explicada pela analogia da corrente de uma usina que se propaga através dos edifícios de um centro populado. Chegando em edifícios individuais, a corrente se manifestará de forma diferente, dependendo do equipamento que será alimentado. Assim como um líquido toma a forma de seu recipiente, a consciência única, propagando-se em cada indivíduo, seria estruturada e manifestada de maneira diferente e adequada aos meios e à natureza do indivíduo que "ocuparia".
A eletricidade, quando indiferenciada, flui em fios de alta voltagem e é uma energia capaz de fazer um trabalho. Mas, para transformar essa potencialidade em um trabalho em andamento, essa corrente terá que alimentar um dispositivo específico.
Assim, podemos perceber que, talvez, a consciência universal deva ser entendida como uma energia indiferenciada que contenha a potencialidade de cada pensamento e cada sentimento, sem ser nenhum pensamento ou sentimento em ação, se não quando a consciência encontra um indivíduo que seja capaz de realizar essa transformação.

O processamento do pensamento não acontece no cérebro.
Nunca estamos no "aqui e agora", mas sempre no passado ou na ideia do futuro, mas de qualquer forma elaborada segundo nosso esquema de hábitos e preconceitos. Nós vivemos na "lembrança".
Usar realmente o pensamento, significa ser capaz de uma consciência e de um poder que desaprendemos a aplicar. O cérebro é apenas um coordenador da mente: o processamento do pensamento é um ato que afeta todo o nosso corpo e, em particular, alguns órgãos, como o intestino e o coração.

Existe apenas o Agora!
Mas esse "pensamento", que canalizamos e elaboramos, que nos permite elaborar a realidade e participar de um ecosistema de inteligências, é, não apenas para progredir e nos desenvolver como espécies sencientes, mas para evoluir como Consciência.

A verdadeira consciência, ou verdadeira tomada de consciência, está livre das restrições da mente. Está livre de processos mentais, emancipada do pensamento que força a nossa percepção para os limites dos sentidos, das três dimensões e do tempo.
Quando estamos conscientes, estamos simplesmente aqui, no Agora e, portanto, em todo lugar, no eterno. Não há outro lugar e, acima de tudo, não existe outro tempo, nem os vínculos do passado, ou as limitações das lembranças e da memória que nos constrigem a padrões e processos velhos, habitudinários e pré-programados, seja por nós mesmos ou pelos outros. E não há tensão do futuro que nunca nos permite ser o que somos.
O fluxo de pensamento, finalmente cessa. A partir desse momento, naquele momento, somos nós a SER, a produzir o Pensamento.
Somente se pudermos nos emancipar da memória, poderemos estar no presente. Mas não é suficiente: somente se conseguirmos sair do fluxo do pensamento poderemos evitar programas que nos distanciam da realidade de nós mesmos e das coisas. Não é apenas uma questão de parar de viver na lembrança e, portanto, de usar finalmente o pensamento em tempo real, mas de sair do fluxo do pensamento elaborado, de começar a CRIAR o pensamento, ser o pensamento, ou melhor, superar a própria ideia de pensamento.
Isso só é possível se estivermos fora: então, a mente que gera a ilusão dos sentidos e do tempo, pára e dá à luz a percepção do Verdadeiro, a percepção do Real.

Os fluxos de pensamento, que permitem o desenvolvimento de espécies vivas, são o trampolim, mas também a gaiola da evolução superior, a fronteira que as formas-ponte precisam transcender. Os limites do pré-conceito viajam sobre os fluxos de pensamento e são eles próprios, o suporte dos programas de controle da mente projetados por nós mesmos, bem como pelas forças exploradoras e predatórias.

A Meditação é não-mente, não-tempo.
Parar a mente significa parar o tempo. Sabemos que os fluxos de pensamento não conduzem apenas a substância-pensamento para ser processada mas, pela sua natureza, transportam ideias pré-elaboradas, ou programas mentais, e são diretamente conectados com a estrutura temporal de nossa realidade, onde marionetes e marionetistas compartilham uma ilusão e se perdem, embora de modos diferentes, no mesmo drama humano: a distração da consciência individual (= realidade).
Já há alguns anos, que as linhas de energia planetária estão sendo gradualmente "redefinidas", como um efeito do alinhamento galáctico (que também altera o campo magnético da Terra, outro suporte aos processos de controle).

Tudo isso produzirá novas e extraordinárias condições de renovação espiritual, mas a densidade temporal e, portanto, o fluxo de pensamento que atravessa o nosso mundo, já está se reduzindo consideravelmente, dando-nos a oportunidade de explorar um momento excepcional para nos libertarmos do "casulo", expressar plenamente nossa possibilidade de consciência, nos emanciparmos da ilusão da mente e dos programas de controle, sermos, finalmente, produtores de pensamento e, logo, desempenhar plenamente o nosso papel de forma-ponte, pulverizando o existente com o nosso pensamento produzido, e alternando assim as forças vicárias da natureza que até agora têm presidido os processos evolutivos dessa potente realidade.

Estar ligado ao pensamento ou estar preocupado com os fenômenos que possam nos afetar em nosso futuro próximo, significa não entender o que realmente está acontecendo Agora, o que significaria correr o risco de acionar atividades com finalidade de encontrar "soluções" para evitar possibilidades que poderiam ser extraordinárias mas que às vezes são percebidas (ou nos fazem perceber) como problemas. O vazio do pensamento é a liberdade da alma.

Fonte: "Nient'altro che se stessi.” C. Dorofatti
http://veritas2012.blogspot.it